quarta-feira, 26 de novembro de 2008

4:16



Lá estava ele, por um milagre havia conseguido achar um lugar vago no ônibus, penúltimo assento ao lado esquerdo e o melhor de tudo era assento único, então não precisaria dividi-lo com nenhum desconhecido.
Como sempre o ônibus estava lotado, algumas pessoas reclamavam da lotação dos ônibus de hoje em dia: “O perfeito precisa pô mais busão na rua” dizia um, outros cochilavam durante a viagem e havia um senhor em pé se deliciando com uma coxinha enquanto deixava restos sobre o assoalho do veículo.
Ele não se importava com os comentários dos seus próximos nem com as migalhas do outro, afinal tinha a janela pra observar o mundo caminhar e ainda tinha um bônus, pois aquele ônibus era equipado com rádio, e quando bem usado era uma verdadeira arma para acalmar os mais nervosos.

De repente tocou aquela música, sim aquela que o fazia lembrar ela, ele fechou os olhos por um momento e quando os abriu as dezenas de passageiros haviam simplesmente desaparecido, externamente ele estava em estado catatônico, nada lhe chamaria a atenção, pelo menos não durante os 4 minutos e 16 segundos de duração daquela canção.
Lá estava ela no centro do ônibus, linda como sempre, vinha em direção e ele, sentou-se no seu colo, ele então a observou, passou a mão por seus cabelos escuros, escorregou seu dedo indicador por sua testa, demorou um instante pelas suas ruguinhas, desceu um pouco mais o dedo por sua bochecha e enfim tocou seus lábios rubros.
Não resistiu a tentação e beijou longamente aquela pequena boca, o beijo então trouxe consigo uma reação em cadeia trazendo todas as boas memórias do passado, uma chama reacendeu em seu coração frio e gelado, este voltou a pulsar de forma descompassada, um frio na barriga apareceu, suas mãos se tornaram geladas.

Aquele sentimento de só querer fazer o bem, de deixar seus olhos transparentes ou como um tele-prompter de uma câmera de vídeo, e através daqueles olhos ela o conhecia como ninguém, lia o que ele pensava, aquele sentimento inundou o seu corpo, lembrou como era divertido acordar de manhã cedo só pelo fato de saber que ele se encontraria com ela durante o dia.
E mesmo quando um dia ele virasse pó, esse sentimento não seria apagado, pois em uma daquelas milhares de partículas que um dia ele se transformaria lá aquele sentimento viveria. Não se sentia triste por não tê-la mais em sua vida, o porquê de havê-la tido perdido? Não sabia, na verdade sabia sim: imaturidade ou simplesmente seus signos realmente não combinavam... Sorriu ao pensar nisso, estava sim feliz por poder lembrar-se daquela garota tão especial e por ter vivido aquele momento que nem mesmo um shift + delete conseguiria apagar.

4:13; 4:14; 4:15; 4:16... A garota virou pó, a canção havia terminado, o ônibus não mais vazio, agora lotado e o encanto havia acabado, o senhor das coxinhas que agora estava em pé ao seu lado comentou: “Oia o tamanho das teta daquela gostosa no ponto”, e quando ele olhou para aqueles gêmeos siliconados, então percebeu: o ônibus já havia passado 3 paradas à frente da que ele desceria.

Puta Que pariu – sussurrou – levantou-se, então puxou a cordinha, desceu no próximo ponto e durante 25 minutos caminhou, o gelo cobriu novamente o coração daquele homem, extinguindo aquela esperançosa e feliz chama que espera ansiosamente ouvir mais uma vez aquela canção.

domingo, 2 de novembro de 2008

Dar não é fazer amor



E ai Pessoal, sou eu o Orni Torres Rinco - Co-Autor desse blog, Hoje irei dar uma parada nessas dessas bobagens que o Sr. fabantas escreve, Hoje como meu primeiro post vou colocar algo sério escrito pelo grande autor Luís Fernando Veríssimo, vocês já devem ter visto esse texto na net, mas bons textos devem sempre ser divulgados.





DAR NÃO É FAZER AMOR

Dar é dar.
Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido.
Mas dar é bom pra cacete.
Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca...
Te chama de nomes que eu não escreveria...
Não te vira com delicadeza...
Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom.
Melhor do que dar, só dar por dar.
Dar sem querer casar....
Sem querer apresentar pra mãe...
Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo.
Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral...
Te amolece o gingado...
Te molha o instinto.
Dar porque a vida é estressante e dar relaxa.
Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã.
Tem pessoas que você vai acabar dando, não tem jeito.
Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar ouvir carinhos, sem
esperar ouvir futuro.
Dar é bom, na hora.
Durante um mês.
Para os mais desavisados, talvez anos.

Mas dar é dar demais e ficar vazio.
Dar é não ganhar.
É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro.
É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir.
É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar
o primeiro abraço de Ano Novo e pra falar:
"Que que cê acha amor?".
É não ter companhia garantida para viajar.
É não ter para quem ligar quando recebe uma boa notícia.
Dar é não querer dormir encaixadinho...
É não ter alguém para ouvir seus dengos...
Mas dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito.

Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor.
Esse sim é o maior tesão.
Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar

Experimente ser amado...

Escrito por: Luis Fernando Veríssimo.

domingo, 26 de outubro de 2008

As Desventuras de Timidus: O Clube Pt III



Cinco minutos, sim meus senhores, cinco minutos foi o tempo total do dia de fúria de Tim, quando o beijo foi terminado, Tim já tinha voltado a si e estava totalmente encabulado em frente aquela moça estranha. Lezadus não se conteve:
- [Você está maluco Tim? Olha a merda que você fez?]
- Você fez? Olha aqui Lez, foi você quem me pediu para tirar satisfações daquela garota, está lembrado – respondeu Tim.
- [exatamente meu caro Tim, eu falei pra você tirar satisfações, não pra tirar “uma casquinha” da moça, agora provavelmente ela vai chamar os seguranças e acusar você de assedio sexual otário].
- Fudeu Lez, eu não sei o que deu em mim, foi sem pensar, mas eu vou consertar tudo isso pedindo desculpas para a moça – respondeu confiante Tim.
- [Quero ver machão, vamos lá] – duvidou Lez.
Tim tentou pedir desculpas a Nantis, não queria que ela pensasse que ele era algum tipo de tarado, mas de repente o espírito do Presuntinho (Tiny Toons) baixou nele, e a partir daí Tim não conseguia dizer uma palavra sequer sem gaguejar:
- Desc... uuuul... ppppe... Fo... foo.. fooi... se... seeem queeer..... rerrrrr...
É claro que Fasci Nantis não entendia nada do que ele dizia, Tim começou a ficar vermelho e tremer: e agora o que faço Lez? Ele respondeu da maneira mais sensata possível, como um cérebro de um adulto normal agiria numa situação como aquela:
- [COOOOOOOOOOOOOOOOOORRRRRRREEEEEEEE!!!!!!!!!!!!!!!!!].
Foi o combustível necessário que faltava para Tim, e dessa vez suas pernas não ousaram desobedecer, parecia que Usain Bolt estava passeando pelo meio da pista de dança do Clube Máximus.

O Beijo havia acabado, mas Nantis ainda estava meio atordoada, nunca antes um homem havia beijado ou pegado ou ainda chegado nela daquele jeito, por essa razão ela não estava conseguindo entender direito o que o rapaz dizia só se deu conta do que estava acontecendo quando este saiu em disparada, ela tentou falar, porém já era tarde:
- Espera... Qual o seu nome? Você nem me deixou pedir desculpas pelas risadas? Você quer meu número de telefone? Prazer eu me chamo Nantis, Fasci Nantis. Perguntas e respostas que foram dispersas no ar e que somente um Barman curioso conseguiu ouvir.

Assan Hadis era uma menina baixinha, ruiva natural, cheia de sardas, das quais ela odiava, mas que fazia certo sucesso com a rapaziada, nutria um amor platônico por um cara, havia se declarado pra ele uma vez, porém sua paixão não foi correspondida, suas esperanças foram ceifadas como quando um carrasco corta a cabeça de um suposto réu, que normalmente é inocente, a partir desse momento ela passou a caçar desesperadamente o amor em outras bocas, outros beijos, porém ela não era tão corajosa pra sair beijando todo mundo por isso pedia ajuda as bebidas para resolver esse seu pequeno probleminha.

Naquela noite de sábado não era diferente, haviam se passado 2 horas, 34 minutos e 25 segundos desde que Hadis tinha pisado no clube Máximus, 4 bloody marys, 7 diferentes bocas beijadas e amassos trocados depois, trouxeram um único resultado: nada! Nenhum deles tinha algo especial que pudesse fazê-la esquecer de seu amor platônico, foi quando Hadis encontrou um rapaz bem apessoado observando um copo contra a luz, disse um elogio qualquer para ele, um daqueles que todo homem gosta de ouvir, sentou-se no colo dele e quando se preparava para mais uma troca de salivas, Glurp!
Talvez o pequeno pedaço de chocolate que havia comido não a tivesse feito bem, o efeito disso estava estampado na face e camisa de Hipo.
Por sorte Assan Hadis não se sujou nem um pouco, ela se levantou do colo do rapaz desconhecido ainda meio zonza, tentou se desculpar, mas antes de falar caiu de costas em cima do longo banco acolchoado, que Hipo estava sentado, já desacordada

Hipo Kondriakus demonstrava muita calma nessa hora, sem enxergar nada, devido à camada de “ovomaltine” em sua face, foi tateando devagar a mesa a sua frente até encontrar o porta-guardanapo, do qual retirou alguns guardanapos e começou a desobstruir sua visão com estes. Já com os olhos livres pode perceber a sua direita a ruivinha deitada, parecia estar dormindo como a bela adormecida totalmente limpa e calma, voltou o olhar ao seu corpo e quando percebeu que aquela “farinha láctea” estava toda espalhada pela sua camisa e braços, desabafou:
- PUTA QUE PARIU! Eu vou morrer!

Enquanto isso no centro da pista de dança, lá estavam cada vez mais juntinhos Cafa e Dóris, Cafa tentava roubar beijos de Dóris, mas esta gostava de brincar, não cederia tão fácil um beijo a um desconhecido, ele tinha que fazer por merecer, então evitava sempre os ataques cada vez mais insistentes dele. Sem conseguir alcançar aqueles lindos lábios vermelhos ele começou a perder a paciência e pulou para o plano número 2: liberar os tentáculos.

- Vamos parar com a frescura, né mina - Disse Cafa ao ouvido de Dóris, mas está não conseguiu ouvir por causa do volume alto que tocava a música.

Então com sua mão direita em uma ação rápida e inesperada Cafa apertou, por cima do vestido verde que Dóris usava o peito esquerdo desta. Aperto esse que foi totalmente rechaçado por parte dela, que deu um tapão na mão dele e disse:
- O que foi isso garoto? – se livrando dos braços de Cafa.
- Nada – respondeu ele.
- Olha – apontando para seu peito – essa área aqui você não pode tocar, não enquanto nos conhecermos melhor, esta me entendendo? – disse séria Encanta Dóris
- Ok, eu prometo que não faço mais – inocentemente respondeu Cafa.
Abraçaram-se novamente, continuaram a dançar juntinhos, mas o sossego de Dóris durou muito pouco tempo, rapidamente o lobo-mau atacou novamente, dessa vez Ela conseguiu impedir que, a mão direita dele apalpa-se seu seio novamente, porém a vitória nessa batalha foi comemorada cedo demais, pois ao proteger essa área, ela acabou se descuidando de outra, na qual o tentáculo de Cafa atacou prontamente, com sua mão esquerda ele acariciou e apertou a bunda de Dóris puxando esta de encontro ao corpo dele, só que com um agravante a mais: dessa vez foi por baixo do vestido, logo ele sussurrou ao ouvido dela:
- Agora você gostou, não é boneca?
- Ah sai fora, seu safado – reprovou Dóris enquanto tentava se livrar desesperadamente do Polvo no qual havia se transformado Cafa.
- Chega! Acabou! Agora não danço e não quero ver mais a sua cara de imoral na minha frente, passar bem.
- Você só pode estar de brincadeira mina, primeiro você paga de putinha pro meu lado, mostrando a lingüinha e tudo, toda oferecida e agora vem se fazer de santinha, comigo não, eu conheço esse seu tipo – disse revoltado Cafa.
- Você só pode estar maluco? Jamais eu iria me oferecer pra você seu palhaço, e enfia "a putinha" naquele lugar, esta compreendido meu bem. – após o sarcasmo, Dóris virou as costas e saiu andando.
- Hey! Ninguém vira as costas pra mim não, volta aqui vagabunda – respondeu Cafa, mas foi totalmente ignorado por Dóris, fato esse que ele não suportou, foi atrás dela e a puxou pelos seus longos fios de cabelo cor do sol.
- Aiiiiii! – ouviu se um grito de Dóris – seguido de uma frase:
- Ninguém puxa o meu cabelo, ninguém!
Foi nessa hora que ela agradeceu em muito pelas aulas de Tae Kwon Do, que seus pais a obrigavam freqüentar desde que tinha 12 anos de idade.
Dóris se virou e no melhor estilo Natália Falavigna disparou um chute com o peito do pé, com tanta raiva e força que alcançou a orelha esquerda de Cafa e imediatamente derrubou este ao chão do clube Máximus...


Não percam o próximo capitulo de As Desventuras de Timidus, nesse mesmo horário, nesse mesmo blogcanal...

domingo, 19 de outubro de 2008

As Desventuras de Timidus: O Clube Pt. II,


...Nantis era uma mulher independente, advogada de sucesso, impetuosa, quando entrava em um caso não entrava para perder, mas por esses motivos os homens se sentiam ameaçados por ela, e apesar de ter lindos olhos agateados azuis poucos tinham coragem de flertá-la. Por isso naquela noite ela estava no barzinho a três banquinhos de Tim, bebendo pra esquecer aquela parte frustrante da sua vida, indagou-se:
- Se eu fosse uma Amélia, será que eu seria mais feliz?
Foi quando olhou para a esquerda e percebeu aquela cena inusitada, de um garoto engolindo uma fatia de limão enquanto misturava sal a sua bebida.

Ao beber a tequila lentamente Tim sentiu como se houvessem centenas de lâminas cortando seu esôfago, lágrimas involuntárias desceram dos seus grandes olhos, e ao terminar foi como um vulcão entrando em erupção, um calor absurdo tomou conta do seu corpo, colocou o copo de volta ao balcão, ao mesmo tempo em que fazia as caretas mais esquisitas que um ser humano poderia fazer.

Nantis era uma mulher muito séria, poucos conseguiam fazê-la sorrir, mas ao ver aquela cena, ela não se conteve, disparou um largo sorriso, enquanto observava Tim contorcendo sua face, tentou abafar o som para que o pobre rapaz não ouvisse sua voz, mas não obteve êxito.

Cafa se aproximava de Dóris, como uma cobra se aproxima de sua presa, era um mestre na arte da paquera, trocou olhares, soltou pequenos sorrisos, que foram muito bem recebidos por Dóris. O DJ colocou Winning days by The Vines pra tocar, e Cafa pensou: O Veio lá em cima ta do meu lado, valeu cabeludo não vou te desapontar.

Dóris estava sentada em sua mesa quando percebeu aquele cara alto, de cabelos lisos se aproximando cheio de olhares e sorrisos, e pensou: será que vai vir mais uma dessas “você vem sempre aqui”, mas não queria pré julgar ninguém, então respondeu aos sorrisos e olhares prontamente, afinal ele era um cara bonito, e a imagem ainda é o melhor cartão de visitas.

A 180 graus dali, Hipo Kondriakus, observava seu novo e limpo copo contra a luz satisfeito, colocou-o na mesa e quando se preparava para despejar a cerveja gelada, foi interrompido por uma pequena ruiva:
- Olá Bonitão, falou a ruiva sorrindo.
- Valeu ruivinha, muitas já me disseram isso, mas é sempre bom ouvir em uma nova voz – respondeu Hipo com sua falsa modéstia.
A pequena ruiva sentou logo no colo de Hipo, e quando ele se preparava pra rouba-lá um beijo, foi recebido inesperadamente, por um jato de vômito que lavou literalmente Hipo da cabeça aos pés.

Nada melhor que uma música mais calma, para conquistar uma garota - Pensou Cafa. Chegou à mesa de Dóris e beijando as costas da mão dela, disse:
- A encantadora garota me concede essa dança?
- Dóris, não pôde recusar – Eu adoraria.
Começaram a dançar juntinhos, abraçadinhos, enquanto Cafa sussurrava coisas românticas ao pé do ouvido de Dóris, coisas que ele considerava inúteis, baboseiras, mas que era um meio pra ele alcançar o fim.

O Barman, ao ver a cena de Tim, exclamou:
- Meu Deus! O que você ta fazendo! Você já bebeu tequila alguma vez na sua vida, garoto?
- Fudeu, Lez, Fudeu!!!! – Desesperou-se Tim.
- [calma ai Tim, eu resolvo isso – Ok diz pra ele que você já esteve no México, mas especificamente em Acapulco, e que lá esse é o jeito que eles bebem tequila]
- Mas por que Acapulco? Perguntou Tim.
- [Sei lá, aquele episódio do Chaves me veio à cabeça, sabe como é que é Chaves, México, Tequila tudo a ver]
To fudido mesmo, pensou Tim, mas como não tinha uma explicação melhor, foi essa história que ele contou ao Barman.

O Barman respondeu: Tu és cabra macho mesmo, Qual o seu nome cabron?
- Timidus – respondeu meio desajeitado Tim.
- então Timidus, já tinha feito vários cursos sobre como servir bebidas, mas não conhecia esse método, então a partir de hoje, vou batizar esse jeito de beber Tequila “a moda Tim”, o problema é que vai ser difícil encontrar outros machões como você que aceitarão o desafio de beber a tequila ao seu modo.

Nunca mais volto nesse barzinho enquanto viver, pensou Tim e logo respondeu: Valeu! obrigado cara.
Ele se levantou, enxugou disfarçadamente as lágrimas involuntárias e quando se preparava para ir embora, percebeu uma fascinante garota de olhos azuis, tirando o sarro da sua cara, e falou pra Lez.
- Pô Lez, seu eu fosse um dos Super Gêmeos, me transformaria em uma avestruz, e enfiaria a cara na terra agora mesmo.
- [Lez já sobre o efeito do álcool, se revoltou: não vamos deixar barato não Tim, vamos tirar satisfação dessa mina, partir pra cima, ora! quem ela pensa que é].
Se fosse em uma situação normal, Tim não daria ouvidos a Lez, provavelmente estaria correndo pra casa nesse exato momento, mas a tequila misturada à raiva pelos sorrisos da garota de olhos azuis impediram suas pernas de agir de tal maneira.

Nantis percebendo que o garoto estava vindo em sua direção tentou parar o sorriso, sabia que era algo inapropriado, mal educado, mas ao mesmo tempo não queria perder essa sensação de euforia que raramente sentia.

Tim pegou Nantis pelo braço e desabafou:
- Olha aqui, só porque você é uma mulher linda, bem vestida e sabe beber, isso não lhe dá o direito de tirar o sarro da minha cara tá.
- Desculpa-me, e que.... – Nantis logo foi interrompida.
- Não quero saber, eu conheço bem o seu tipo só sabem vir para as baladas, fazer charminho pros caras de academia, e tirar o sarro de nós que somos desengonçados.
- Não, não, não é nada disso... – Tentou se explicar mais uma vez Nantis, sem sucesso.
- Cada um na sua, viva as diferenças e para o seu governo eu odeio esse clube – Finalizou Tim.
Foi quando sem pensar Tim tirou Nantis do banquinho, abraçou-a e tascou um longo beijo nela, e ainda revoltado disse: por acaso meu beijo e pior do que esses caras?...

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domingo, 12 de outubro de 2008

As Desventuras de Timidus: O clube parte I,


Toc Toc Toc – Senta que lá vem História...

Timidus Vergonhosus, mais conhecido entre os amigos como Tim, é um garoto normal para sua idade, com um pequeno probleminha: ele tem altas conversas intimista com seu cérebro, mais conhecido por Lezadus, ou simplesmente Lez.

Era sábado à noite e Timidus estava no clube Maximus, Tim era avesso a baladas, aglomerações de muitas pessoas, mas seu amigo de longa data Cafa Jestus, ou Cafa, fazia aniversário, e havia convencido Timidus a ir a sua festa.

Encanta Doris, ou Dóris, sabia que era linda e que todos no clube Maximus a desejavam, mas ela não estava nem aí, estava cansada de tanta cantada previsível, então naquela noite ela só queria se divertir.

Tim estava sentado no banquinho junto ao balcão do barzinho, o barman percebendo a cara de tédio de Tim, ofereceu:
- Oh Garoto! Cê não tá muito empolgado hoje, né... Toma uma tequila é por conta da casa, pra ver se você fica mais alegre.
- [Lezadus, logo interveio – não responde nada, barman e que nem tiozinho em fila de banco só espera uma brecha para vomitar os problemas deles em você]
- Tim reprovou - Fica quieto Lez, o cara é gente boa, me ofereceu uma tequila, no mínimo, eu tenho que agradecer.
- [Tá bom – depois não diga que eu não avisei – resignou-se Lez]
- Muito obrigado – respondeu Tim ao Barman.

Enquanto isso, Dóris, arrasava na pista de dança ao som de “are you gonna be my girl” by Jet, os baladeiros de plantão a observavam, como se fossem mariposas atraídas pela luz, e Cafa não era diferente. Cafa estava em uma mesa próxima à pista de dança com outros amigos, e perguntou a um deles:
- Cadê o Tim? Porra!
- Tá lá no barzinho, isolado como sempre – respondeu Hipo Kondriakus, ou Hipo, enquanto reclamava ao garçom o estado em que a mesa estava.
- Esse Timidus é um bunda mole mesmo, ta perdendo essa gostosona que está dançando aqui. – Continuou Cafa.
- Vem pra cá Tim! Kralho Tim chega ai!

Timidus ouvia os Berros de Cafa, fingindo que não era com ele, enquanto Lez reclamava:
- [Puta que pariu! por que essa Cafa é tão escandaloso hein... Tim finge que ta com vontade de ir ao banheiro, inventa alguma coisa, nós estamos passando vergonha aqui, vamos embora]
- È melhor não Lez, se eu levantar vai dar muito na cara, além do mais, eu nem bebi ainda a tequila que o barman me ofereceu, o melhor remédio é ignorar, aí o Cafa para de encher.


Ao final da música um cisco caiu no olho de Encanta Dóris, provocando um súbito ataque de piscadelas. Cafa ao ver a cena disse:
- Dá uma olhada galera, a gostosa ta piscando pra mim, sabia que ela tava a fim de mim, essa ta no papo.
Uma amiga de Dóris, a ajudou a soprar o cisco do olho, nesse tempo Dóris deixou cair à bala que estava chupando, e com desapontamento disse:
- Pô! Era minha última bala, que pena – falava isso, enquanto passava a língua nos lábios tentando guardar o gosto suave do doce perdido.
Ao ver o ocorrido Cafa não se conteve de euforia.
- Eu sabia, essa mina é muito vagabunda, olha lá, nem me conhece e já vai mostrando a lingüinha, certeza que ela quer dar pra mim, e ai galera alguém tem camisinha aí? Por que o papai aqui vai fazer a festa hoje, vou chegar chegando, vejam e aprendam bando de manés.
- Hipo, nem prestou atenção ao comentário de Cafa, pra ele era mais importante reclamar para o garçom, quanto a uma marca de boca, que não era dele, no seu copo de cerveja - imagina quantas bactérias deve haver aí, faça-me o favor de trazer um copo novo.

Tim não gostava muito de bebidas alcoólicas, na verdade nunca tinha tomado uma tequila antes, mas não queria passar vergonha dizendo que era um “virgem” em tequila, então quando se preparou para virar o pequeno copo, o Barman o interrompeu:
- Hey, Hey, Hey! - calma aí garotão, já que eu estou oferecendo a você “o presente dos deuses”, você vai ter que tomar ao modo tradicional mexicano, regra da casa, ok!
- Ta bom – concordou Tim, meio constrangido.
Logo o barman, cortou uma rodela fina de limão, subdividiu-a em quatro pedaços, e colocou um destes num pequeno prato com uma porção de sal.
- Agora sim, fique a vontade.
- E agora o que é que eu faço com esses limões e o sal Lez? Indagou Tim.

Lezadus se achava O inteligente, afinal ele era o Cérebro de Tim, raciocinou por um tempo e soltou.
- [Ok, não prie cânico Tim, é simples – primeiro você engole o pedaço de limão, depois joga o sal dentro da Tequila, agita bem e bebe devagarzinho pra demonstrar para o barman que você gostou da bebida.]
- Mas e o pratinho, o que a gente faz com o pratinho Lez?
- Sei lá, eu não posso pensar em tudo também né – indignou-se Lez

No momento em que Tim se preparava pra beber a tequila, uma moça bonita de olhar agateado chamada Fasci Nantis, ou simplesmente Nantis, observava Tim atentamente, sentada a três banquinhos de distância....

Não percam o próximo capitulo de As Desventuras de Timidus, nesse mesmo horário, nesse mesmo blogcanal...

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Pesadelo cômico,


Quando o chato do Consciente vai dormir, entra em cena seu irmão fanfarrão, o Inconsciente, e não adianta você tentar dominá-lo, “eu vou sonhar com isso hoje”, besteira! O Inconsciente não vai dar ouvido a você, e aleatoriamente vai criar seu sonho, juntando imagens, fatos, pessoas, personagens do passado com o presente gerando situações totalmente inimagináveis ao seu irmão chato.

Na maioria das vezes, o Inconsciente não deixará sequer você lembrar-se de seus sonhos, mas quando ele está de mau-humor, hum... É nesses dias que ele cria os pesadelos, e nestes dias ele fará questão que você se lembre, de imediato, fazendo você acordar no meio da noite, ensopado.

Como um artista excêntrico em busca de novidades ele dificilmente repetirá sua obra, por isso sonhar o mesmo sonho duas vezes é coisa rara, mas acontece, e normalmente quando acontece pelo menos no meu caso, surge à situação mais bizarra possível: quando o Inconsciente transforma algo engraçado em medonho.... hahahahahahahaha...

“Já é manhã, no momento estou amarrando o cadarço do tênis em meu quarto, de repente já estou na sala de aula (uma vantagem dos sonhos ou pesadelos, é que não existe transporte, simplesmente você aparece nos lugares, uma boa idéia para se implementar na vida real com esse trânsito caótico), de costas para a lousa verde e com a mesa de madeira da professora entre eu e o resto da sala, uma coleguinha de sala a minha esquerda está apresentando alguma coisa na lousa para o resto dos alunos e de repente ela fala:”

- “Ei! Você! Sua vez.
Eu não lembro o que tenho que falar começo a ficar tenso enquanto caminho para minha posição de apresentação, quando chego nesta, a sala dispara em gargalhadas... Meu rosto fica ruborizado, então gaguejo:”

- “Qu...que foi, q.. que tá acontecendo?
As risadas permanecem, e todos apontam para baixo. Quando olho, percebo: Meu Deus!!!”

- “Estou descalço Meu tênis e meias sumiram!!! Meu coração dispara, tento fugir, mas não existem portas nem janelas na sala de aula (Esse e o problema de você aparecer em algum lugar do nada, você não consegue sair de jeito nenhum, graças às leis de Murphy), as risadas se tornam insuportáveis, tento cobrir meus pés com as mãos, mas.... Ahhhhhh!!!!!”

Acordo atordoado, e fico paralisado alguns segundos, estes suficientes para que um mosquito desça em meu braço, e sugue minha veia pulsante, deliciando-se com meu blood Mary, sabendo do meu estado transitório ele levanta vôo e zombe ao meu ouvido:

- Obrigado.

sábado, 4 de outubro de 2008

Uma risada franca, ruidosa e demorada,

A maior parte do tempo que o ser humano gasta sorrindo, é feita de sorrisos falsos, outros contidos, de agrado e de alguma satisfação, mas a verdadeira risada, esta acontece poucas vezes na sua vida, e quando surge vem como o juggernaut dos x-men, “unstoppable”!

E não importa a ocasião, uma roda de amigos, uma reunião no trabalho ou andando sozinho na rua. As causas também são as mais variadas e absurdas possíveis, desde uma boa piada ou não tão boa, passando pela cena de alguém tropeçando, ou até simplesmente, presenciar o Senhor besouro bater na lâmpada acesa em pleno vôo, cair ao chão de costas e não conseguir se virar mais, a Dona besouro passo ao lado dele e sussurra: se vira garoto, você não nasceu quadrado. Bem amigos da rede Globo o romantismo não é mais o mesmo do início do namoro quando eram apenas larvas.

No meu caso, foi ao olhar pra trás e ver um amigo, em uma luta incansável com a escada rolante, pois tinha travado o sapato no vão dessa com o piso do shopping, ele tentou puxar com força, mais o resultado não foi o esperado, o sapato tênis veio sim, mas a escada ficou com a sua parte no trato, ele tentou voltar e pegar a sola de volta, mas era tarde, a rolante já havia se deliciado com o sabor da velha e pobre sola.

Um estralar e pronto, lá estava eu colocando a mão na boca, mais não adiantou, a risada franca, ruidosa e demorada se libertou, o prazer de ver seu amigo no meio de dezenas de pessoas, pisando com a meia no chão não tem preço, pra todas as outras coisas existe o cartão de crédito.

O sapato tênis havia se transformado em um vestido sobre o pé dele, enquanto isso eu já estava vermelho, lágrimas começaram a brotar dos meus olhos, a barriga doía por causa das contrações do diafragma, a situação não empolgava tanto uma amiga que estava conosco, não a culpo, não era o dia da sua verdadeira risada, enquanto o do vestido no pé, xingava de tudo quanto é nome a escada rolante, que permanecia impassível.

A multidão passava ao nosso lado, com olhares de reprovação pela minha alegria instantânea e de desprezo pelo meu amigo descalçado, e apesar de estarmos próximos a praça de alimentação, eu estava cagando e andando para o que eles pensavam de mim.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O Cão, A Constelação e o Bolo.

No último post, não fui muito simpático aos ornitorrincos, então por causa disso, dessa vez resolvi falar sobre um animal particularmente especial para mim...

...Sábado passado nosso cachorro, Russinho, se foi. Foram doze anos de total lealdade e dedicação, não importava a situação, se era dia quente ou noite fria, a qualquer momento que nós chegávamos, lá estava ele na garagem com um olhar “pidão”, a abanar o rabo, e desde meus dezessete anos lá estava ele, a me ver feliz pelo primeiro amor, a me ver sofrer por decepções amorosas, feliz pelo primeiro emprego, ansioso pelo resultado do vestibular... Sempre presente com um conselho onomatopéico pronto, Au!

Um guerreiro, um puro sangue vira-latas, teve inúmeras doenças, mas sempre ressurgia das cinzas, como uma fênix abanando o rabo, mas não dessa vez... Afinal são doze anos, sei lá, deve ser muito tempo pra um cão!?

Tem uma canção do grupo Ira que fala o seguinte ”Se essa vida é passageira, chorar eu sei que é besteira, mas meu amigo não dá pra segurar”, ao ligar o chuveiro naquela tarde, as lágrimas se misturaram à água quente no meu rosto, é meu amigo(a) realmente não deu pra segurar.

Muito pacífico convivia com os gatos rueiros numa boa, pareciam que se entendiam, pelo que sei não existe uma linguagem universal, um “inglês” entre os animais, mas lá estavam eles, não se ouviam “miaus” nem “aus”... Apenas se entreolhavam e se respeitavam.

Imagino pra onde será que ele foi, será que virou pó cósmico e foi fazer parte da constelação de Cão Maior ou Cão Menor, provavelmente esta última já que ele não era tão grande. Será que renasceu no corpo de outro cãozinho, ou quiçá até de um humano, neste caso a humanidade estaria bem servida.

Tinha uma fome insaciável por bolos, de qualquer tipo ou sabor, sem dúvida sua “ração” predileta, por essa razão, é bem provável que ele esteja num paraíso parecido com o que o esquilo pré-histórico do filme A Era do Gelo 2 estava, só que ao invés das nozes, temos os bolos e nesse exato momento ele está estocando-os, por que nunca se sabe, quando a crise das hipotecas americanas afetará os produtores de bolos celestiais.

Infelizmente pra minha família e eu, e felizmente pra ele, dessa vez não haverá nenhuma lambida de bicho preguiça pra ressuscitá-lo.

terça-feira, 30 de setembro de 2008

O Esbarrão

Era uma vez... ehr quer dizer,

Estava eu caminhando dentro de uma loja de departamento distraidamente como sempre, quando na fila para o caixa eu esbarrei acidentalmente em uma menina, o esbarrão é claro teve dois cúmplices: primeiro os fones nos ouvidos e segundo os meus olhos que insistiam em seguir uma pequena linda loira que descia a escada rolante a minha esquerda.

A menina do esbarrão estava de costas, quando a acertei, não foi um grande impacto, mas como ela era magrinha, ela avançou um pouco à frente.

O cara que estava ao seu lado, provavelmente o namorado, veio tirar satisfações, tirei meus fones do ouvido, e antes de me desculpar para ela, o cara me interrompeu e com certa raiva, percebida pelo tom de voz e o semblante fechado, me disse:

- Maluco, não olha por onda anda não? véio.

Ok! Concordo com ele quanto ao “não olha por onde anda“, mas esse linguajar utilizado hoje em dia realmente me incomoda.

Por exemplo, maluco: em minha singela opinião é uma pessoa com problemas mentais, louco. Se eu fosse uma pessoa com problemas mentais, estaria internado em uma instituição para tratamento, isolado da sociedade, e jamais teria esbarrado nela, a namorada, é algo lógico. É claro que não falei isso pra ele, pois se o tivesse feito, estaria sem alguns dentes nesse exato momento.

- Eu respondi (muito obrigado mãe e pai pela educação que vocês me deram) pra menina assim: Peço desculpas por ter esbarrado em você, foi sem intenção eu estava distraído e não percebi você aí na frente.

A resposta que eu dei meio que surpreendeu o cara, em parte por que eu o ignorei, e em outra parte por que talvez ele esperasse que eu o respondesse no mesmo tom de ignorância, gritasse ou algo parecido. Então ele resmungou:

- Fica ligado, véio – apontando o dedo pro meu rosto.

Pensei mais uma vez: “vélho”, tudo bem, não sou mais nenhum garotinho, é aceitável, agora “fica ligado”, não né... Não sou nenhuma máquina para ficar ligado, ou as máquinas já estão andando disfarçadas entre nós e não me disseram nada.

Nisso a menina, namorada, puxou o braço dele e disse algo que não ouvi claramente, provavelmente deixa pra lá ou algo do tipo, então eles viraram pra frente.

E aí, o “maluco” aqui recolocou os fones de ouvido e permaneceu “ligado” atrás deles na fila.

O que me deixou mais estarrecido em tudo isso foi à forma como o cara me tratou, aonde foi parar o - eu sou inocente até que me provem o contrário - por acaso ninguém nunca esbarrou na namorada (propriedade dele?!), ou ele mesmo nunca tropeçou em alguém, esbarrar em alguém virou artigo do código penal? Por que tanta raiva por uma situação tão banal.

E se ele me espancasse, me quebrasse um nariz e me deixasse sangrando ao chão, por acaso o esbarrão sumiria, o tempo voltaria ou a namorada dele aplaudiria e selando sua vitória com um beijo diria: “meu herói! Você acabou com o malvado do esbarrão”.

Éhh....seria trágico se não fosse cômico ou vice-versa, por isso que eu já desejei ter nascido em outra época em que não existisse tanto estresse por coisa boba, tanta pressa pra chegar a lugar nenhum, mas aí me vem a lembrança de que há vinte e um séculos atrás, um cabeludo foi crucificado por apenas falar do bem, do amor e respeito ao próximo, então eu me pergunto será que eu estaria melhor ou pior em outra época?

- E por onde andam esse amor e respeito ao próximo? Será que eles foram almoçar e esqueceram de voltar, ou simplesmente se cansaram da humanidade e decidiram buscar uma espécie mais interessante para conviver, tipo os *Ornitorrincos.


P.S: Nada contra os Ornitorrincos.

P.S²: Se tiver algum Ornitorrinco lendo agora, seu comentário será bem vindo.

P.S³: Um Ornitorrinco digitando, deve ser muito engraçado...

* Homenagem a série Mont Python.