quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O Pesadelo cômico,


Quando o chato do Consciente vai dormir, entra em cena seu irmão fanfarrão, o Inconsciente, e não adianta você tentar dominá-lo, “eu vou sonhar com isso hoje”, besteira! O Inconsciente não vai dar ouvido a você, e aleatoriamente vai criar seu sonho, juntando imagens, fatos, pessoas, personagens do passado com o presente gerando situações totalmente inimagináveis ao seu irmão chato.

Na maioria das vezes, o Inconsciente não deixará sequer você lembrar-se de seus sonhos, mas quando ele está de mau-humor, hum... É nesses dias que ele cria os pesadelos, e nestes dias ele fará questão que você se lembre, de imediato, fazendo você acordar no meio da noite, ensopado.

Como um artista excêntrico em busca de novidades ele dificilmente repetirá sua obra, por isso sonhar o mesmo sonho duas vezes é coisa rara, mas acontece, e normalmente quando acontece pelo menos no meu caso, surge à situação mais bizarra possível: quando o Inconsciente transforma algo engraçado em medonho.... hahahahahahahaha...

“Já é manhã, no momento estou amarrando o cadarço do tênis em meu quarto, de repente já estou na sala de aula (uma vantagem dos sonhos ou pesadelos, é que não existe transporte, simplesmente você aparece nos lugares, uma boa idéia para se implementar na vida real com esse trânsito caótico), de costas para a lousa verde e com a mesa de madeira da professora entre eu e o resto da sala, uma coleguinha de sala a minha esquerda está apresentando alguma coisa na lousa para o resto dos alunos e de repente ela fala:”

- “Ei! Você! Sua vez.
Eu não lembro o que tenho que falar começo a ficar tenso enquanto caminho para minha posição de apresentação, quando chego nesta, a sala dispara em gargalhadas... Meu rosto fica ruborizado, então gaguejo:”

- “Qu...que foi, q.. que tá acontecendo?
As risadas permanecem, e todos apontam para baixo. Quando olho, percebo: Meu Deus!!!”

- “Estou descalço Meu tênis e meias sumiram!!! Meu coração dispara, tento fugir, mas não existem portas nem janelas na sala de aula (Esse e o problema de você aparecer em algum lugar do nada, você não consegue sair de jeito nenhum, graças às leis de Murphy), as risadas se tornam insuportáveis, tento cobrir meus pés com as mãos, mas.... Ahhhhhh!!!!!”

Acordo atordoado, e fico paralisado alguns segundos, estes suficientes para que um mosquito desça em meu braço, e sugue minha veia pulsante, deliciando-se com meu blood Mary, sabendo do meu estado transitório ele levanta vôo e zombe ao meu ouvido:

- Obrigado.

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