No último post, não fui muito simpático aos ornitorrincos, então por causa disso, dessa vez resolvi falar sobre um animal particularmente especial para mim...
...Sábado passado nosso cachorro, Russinho, se foi. Foram doze anos de total lealdade e dedicação, não importava a situação, se era dia quente ou noite fria, a qualquer momento que nós chegávamos, lá estava ele na garagem com um olhar “pidão”, a abanar o rabo, e desde meus dezessete anos lá estava ele, a me ver feliz pelo primeiro amor, a me ver sofrer por decepções amorosas, feliz pelo primeiro emprego, ansioso pelo resultado do vestibular... Sempre presente com um conselho onomatopéico pronto, Au!
Um guerreiro, um puro sangue vira-latas, teve inúmeras doenças, mas sempre ressurgia das cinzas, como uma fênix abanando o rabo, mas não dessa vez... Afinal são doze anos, sei lá, deve ser muito tempo pra um cão!?
Tem uma canção do grupo Ira que fala o seguinte ”Se essa vida é passageira, chorar eu sei que é besteira, mas meu amigo não dá pra segurar”, ao ligar o chuveiro naquela tarde, as lágrimas se misturaram à água quente no meu rosto, é meu amigo(a) realmente não deu pra segurar.
Muito pacífico convivia com os gatos rueiros numa boa, pareciam que se entendiam, pelo que sei não existe uma linguagem universal, um “inglês” entre os animais, mas lá estavam eles, não se ouviam “miaus” nem “aus”... Apenas se entreolhavam e se respeitavam.
Imagino pra onde será que ele foi, será que virou pó cósmico e foi fazer parte da constelação de Cão Maior ou Cão Menor, provavelmente esta última já que ele não era tão grande. Será que renasceu no corpo de outro cãozinho, ou quiçá até de um humano, neste caso a humanidade estaria bem servida.
Tinha uma fome insaciável por bolos, de qualquer tipo ou sabor, sem dúvida sua “ração” predileta, por essa razão, é bem provável que ele esteja num paraíso parecido com o que o esquilo pré-histórico do filme A Era do Gelo 2 estava, só que ao invés das nozes, temos os bolos e nesse exato momento ele está estocando-os, por que nunca se sabe, quando a crise das hipotecas americanas afetará os produtores de bolos celestiais.
Infelizmente pra minha família e eu, e felizmente pra ele, dessa vez não haverá nenhuma lambida de bicho preguiça pra ressuscitá-lo.
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Um comentário:
De fato ele está bem feliz no céu dos bolos... sei o quao triste é perder um amiguinho de estimação.. uma vez minha tartaruguinha se foi também, me senti mto deprimida e não queria mais nenhum animalzinho, mas hoje tenho outra tartaruguinha...e sou mto feliz.. acho q eh uma reincarnaçao da antiga, so q essa é mais veloz!!!! nada como um novo companheiro para nos alegrar, devemos deixar q nossos antigos companheiros fiquem guardados em nossas eternas lembranças do coraçao...
Um grande abraço para o nosso eterno amigo Russinho, e à voce Fabiano, meus sentimentos.
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