quinta-feira, 11 de março de 2010

As Desventuras de Tímidus: O Clube - Parte IV


Rhino Cerontes ou Rhino era o um dos seguranças chefes do clube Maximus, trabalhava sempre aos fins de semana e sua única folga era as segundas feiras, isso o irritava bastante, porém naquela noite algo o incomodava mais do que tudo, a noite passada, não... Ele não tinha tido um pesadelo e nem era homem para se assustar com essas asneiras, a pulga que estava atrás de sua orelha era a broxada que tinha dado na noite anterior, acostumado a sair com várias meninas do clube e nunca ter negado fogo, não entendia o porquê seu “menino” não quis brincar com uma das mulheres mais gostosas que ele já havia levado para seu apartamento naquela noite fatídica. Do alto de seus 1,98 m a possibilidade de recorrer às pílulas azuis o aterrorizava.

Respira... 1... 2... 3..., isso respira... Repetia mentalmente Hipo Kondriakus enquanto levantava da mesa calmamente, se dirigiu ao segurança mais próximo, um armário que devia ter mais de dois metros da altura pensou ele.
- Por favor, o senhor poderia me informar um lugar em que eu possa me limpar – perguntou polidamente Hipo.
- Ahhh deixe me ver, o banheiro masculino serve? – respondeu ironicamente Rhino, sem perceber direito devido ao jogo de luzes, como estava o estado do garoto.
Hipo não gostou muito da resposta, mas conteve a raiva, pois sabia que não teria a mínima chance se arrumasse uma briga com aquele trol.
 - Eu sei que eu poderia me limpar no banheiro, mas aquele lugar está mais sujo do que pau de galinheiro, já pensou a quantidade de micróbios e germes que circulam ali, me dá até arrepio em pensar nisso – Comentou já se arrepiando ele.
- Será que o senhor não poderia, por favor, me arrumar outro lugar?
Rhino, agora vendo mais claramente a situação do garoto, ficou com pena daquele gordinho com cara de bonachão, sujo e fedido e resolveu abrir uma exceção. Ok garoto, vou pedir para um dos seguranças te levar lá na sala da administração, aonde você vai poder se limpar num banheiro menos coletivo.
Ok, muito obrigado – respondeu Hipo tentando passar uma imagem de durão, entretanto sabia que a qualquer momento poderia desmaiar, pois nunca havia visto tanta sujeira alheia em seu corpo.

Tim havia disparado. Parecia que ele já havia corrido uma maratona, mas na verdade não tinha ultrapassado uns 300 metros entre o balcão do barzinho e a entrada do clube. Sem pensar pulou as catracas de acesso e correu em direção à rua, que estava deserta naquele horário.
Parou para descansar, apoiando as mãos nos joelhos, seu corpo típico magrelo nerd não era acostumado a correrias repentinas e nem a qualquer tipo de exercício físico. Naquele silêncio ouviam-se as batidas do seu coração, que pareciam aumentar cada vez mais, e ficarem tão forte ao ponto que se tornavam insuportáveis aos seus ouvidos.

Não, não era possível – pensou Tim. Aquele som estava muito estranho, foi quando decidiu olhar para trás e percebeu o que estava acontecendo...

QAP Rhino tá me ouvindo porra, QAP Rhino, QAP Cerontes – um segurança genérico repetia ao rádio.
Espera um pouco aí garoto – falou Rhino para Hipo – QAP na escuta caralho! Não precisava ficar repetindo porra, num to surdo genérico.
QAP foi mals chefe, tô com um QRR aqui, um moleque acabou de pular as catracas e saiu sem pagar, o que eu faço? – respondeu o guarda genérico.
QRR PUTA QUE PARIU!!! Genérico, vai atrás do cara porra, tudo cê tem que perguntar veio, parece criança, vai atrás desse pilantra que saiu sem pagar que eu já to indo aí.
QAP tá bom, tá bom chefe. Posso levar mais dois genéricos comigo, sei lá vai saber se o cara tá muito loco.
QAP Cacete genérico se manda, chama os caras logo e me trás esse fujão aqui se não você vai se fudê na minha mão, entendido QAP.
QAP tendi chefe, fui....
Ao se virar Tim percebeu três brutamontes vindo em sua direção logo Lezadus comentou:
- [Eu já sabia, a menina deu com a língua nos dentes, deve ter comentado seu abuso e os guardas estão vindo te buscar, ferrou neguinho hoje tu vai apanhar muito].
- Putz, se deseperou Tim, porém se eu apanhar você vai apanhar junto...hahaha - sorriu em um rompante de humor duvidoso.
- [Então corre!!!] – pediu Lez.
- Não, não adianta mais Lez, resignou-se. Eles irão me alcançar de qualquer maneira, imagino a cara dos meus pais ao saberem que eu fui preso por assédio sexual, que vergonha meu Deus!!! que vergonha.

E aventura continua a qualquer dia nesse mesmo blog canal, abaixo segue os links para os capítulos anteriores:

Um comentário:

Anônimo disse...

Ai que emoção! Demorei para vir aqui ler, mas li tudo... Eu dou muita risada com essas desventuras! rsrs Quero a continuaçãoooo... Beijos ;)